Corneta do RW

Faltou o Didi ou o Maicon

Meu pai se estivesse vivo com 105 anos me ligaria depois do jogo e me diria:

“Faltou o Didi”

Meu filho com 37 anos depois do jogo me ligou dizendo : ‘Faltou o Maicon”

O que eu assisti do Grenal foi o seguinte:

Um time muito ruim contra um time ruim.

Um time sem entrosamento e sem qualidade contra um time nervoso pedindo para perder.

Bastava fazer um gol antes.A caganeira vermelha seria impressionante

O Grêmio não tem liderança técnica ou psicológica, especialmente NO setor de meio campo

Pagou a conta

O ano de 1969 que não terminou. PARTE II

Motivado por uma sensação incômoda de déjà-vu, aquela impressão de estar, agora mesmo, vivendo exatamente da mesma forma uma situação já vivida no passado, o editor-chefe e diretor geral do blog compartilhou suas percepções e pressentimentos em relação às partidas finais do Gauchão 2025 aqui no blog e no depoimento em vídeo para o Movimento Grêmio de Todos.

Por conta da repercussão das suas manifestações e da atualidade do tema, RW foi a campo para efetuar pesquisas em fontes primárias no Museu José Hipólito da Costa1 e refrescar a memória de mais de 55 anos passados.

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Em meados de dezembro de 1969, o Grêmio igualmente precisava vencer o Inter no último jogo do Gauchão, fora de casa, para se sagrar octacampeão.

Em Porto Alegre se vivia o mesmo clima de clamor midiático para a interromper a série de títulos do Grêmio e, por causa da possibilidade do octa, a dor da Imprensa Vermelha Isenta (IVI) era muito grande. Foi nesse contexto que diretores do colorado patrocinaram o maior condicionamento para um árbitro de futebol, em todos os tempos.

Exemplar do jornal Diário de Notícias examinado em pesquisa in loco, hoje,14/3/2025

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A memória de RW, antes do seu trabalho de pesquisa de hoje, atribuía exclusivamente a Ibsen Pinheiro o protagonismo do condicionamento massacrante sobre Zeno Escobar Barbosa, o árbitro do grenal 192.

Entretanto, a imersão no acervo de jornais antigos do museu revelou que Ibsen teve significativa ajuda de Ivo Correia Pires, que no dia seguinte à decisão do campeonato no Beira-Rio foi apontado como o “mais saliente” pelo Diário de Notícias e teve o “diálogo” com Zeno descrito, apenas com palavras publicáveis, é claro, pela Zero Hora.

Ivo Correia Pires para Zeno: gato! ladrão! gremista!
Ibsen Pinheiro: gol anulado impediu a goleada! (a partida terminou zero a zero)
Redator: “Tudo isto no final do primeiro tempo”

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Ivo Correia Pires e Ibsen Pinheiro junto com Cláudio Cabral (filho de Cid Pinheiro Cabral) e Hugo Amorim (além de Luiz Guimarães Falcão, Paulo Portanova e Otávio Pellegrini) formavam o grupo político do Inter chamado de “Os Mandarins“.

E, por incrível que pareça, num movimento possivelmente sem precedentes mundo afora, aqueles quatro primeiros – Ivo, Ibsen, Cabral e Hugo Amorim – tempos depois “migraram” para… a “imprensa esportiva” de Porto Alegre, constituindo por décadas uma influente Força Auxiliar da IVI (Imprensa Vermelha Isenta).

Pesquisa e ediçãoRW

RedaçãoPetroleiro de Rio Grande || contato: petroleiroRG@gmail.com

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  1. O Museu da Comunicação Hipólito José da Costa é uma joia do estado do Rio Grande do Sul, incrustrada na velha Rua da Praia, bem no centro da capital. Ele foi organizado nos anos setenta do século passado por uma comissão nomeada especificamente para este fim, com a participação, entre outros profissionais de notável dedicação ao serviço público, da jornalista e professora Iára Bendati (1933-1998), encarregada dos setores de ‘Imagem e Som’ e ‘de Imprensa’.
    O museu preserva um valioso acervo da comunicação social e suas diversas mídias, além de manter atividades para pesquisadores e o público em geral, além do acesso em dias e horário determinados, como segue:
    pesquisas: segundas, quartas e sextas-feiras |14h às 18h
    visitas e agendamentos: Segunda a sábado|10h às 17h
    contato: musecom@sedac.rs.gov.br
    ↩︎

A figurinha do ídolo da IVI que foi campeão…de vendas, Bruno Fuchs

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A nova figurinha do Álbum dos Ídolos da IVI teve uma trajetória peculiar. Foi idolatrado pela IVI mesmo tendo jogado pouco mais de duas dezenas de partidas, e depois, mais idolatrado ainda porque rendeu muito dinheiro para “os cofres” do clube alvirrubro da Zona Sul.

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Acima, à esquerda, podem ser vistas evidências da construção do ídolo, à base de elogios que incluíram até título de campeão de videogame.

À direita, a escrita da lenda de campeão de vendas baseada na escalada gradativa de importância do clubes da lista de interessados e concluída com a saudação entusiasmada da fortuna auferida pelo SCI no mercado de jogadores de futebol.

Moral da história: não precisa jogar muita bola, sequer muitas partidas, para ser elevado ao panteão de ídolos da IVI. Basta ser campeão de vendas.

RedaçãoPetroleiro de Rio Grande || contato: petroleiroRG@gmail.com

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