Corneta do RW

Boa notícia para o Grêmio, notícia ruim para a IVI

A imagem a seguir é um exemplo típico da IVI sendo IVI

FONTE: perfil GZH Esportes na rede social anteriormente conhecido como Twitter, em 27/3/25

Qual é a notícia? O superávit ou as dificuldades de 2024?

Em vez redigir o título na ordem direta: ‘Grêmio apresenta superávit de 44 milhões, apesar das dificuldades em 2024‘, já que a notícia do dia é o superávit, a edição preferiu começar com as “dificuldades” que, mais do que já sabidas, foram vividas pela maioria dos leitores do RS, ou seja, é novidade velha.

Para completar, aquilo que mais impacta em qualquer comunicação visual, em especial nos dias de hoje, isto é, a imagem escolhida, que não é toa que “vale mais que mil palavras“, é uma foto da Arena alagada, num amplo ângulo de visão, de modo a incluir integralmente o letreiro ARENA DO GRÊMIO.

Em tempos da prevalência da chamada “economia da atenção“, em que a principal disputa do “mercado” é por alguns segundos de atenção dos consumidores estonteados por overdoses de informação, qual terá sido a mensagem que um usuário da rede que apenas viu de relance a postagem do perfil GZH Esportes na sua timeline e não clicou sobre para ler a matéria?

Afinal, para esse leitor típico das redes sociais que quando assiste vídeos usa velocidade 2x, que quando lê alguma coisa, dá atenção só para os títulos e manchetes, o balanço financeiro do Grêmio do ano passado foi bom ou foi ruim?

RedaçãoPetroleiro de Rio Grande || contato: petroleiroRG@gmail.com

O galho dos “azulegos” na árvore da IVI

Parafraseando o veterano vaqueano Blau Nunes, ex-ordenança de Bento Gonçalves, “a luta de resistência contra a IVI é cruenta e desigual”.

A árvore estrambológica da Imprensa Vermelha Isenta

A Imprensa Vermelha Isenta é como o biotônico, o boa-noite, o omo e o nescau. Tal e qual esses produtos, ela só muda um pouco as embalagens e os rótulos, de vez em quando, e segue firme e faceira. Trata-se de um retumbante fenômeno de readaptação e longevidade.

Pois não é que a frondosa e octogenária árvore estrambológica da IVI deu mais um galho recentemente?

O impressionante é que o novo ramo é ainda mais assombroso do que aquele dos “azuis fascinados pelo vermelho”. É o galho dos “azulegos”; a turma que tem uma cor tirante a azul, azulada, mas com tons de lã de ovelha.

A principal característica dos “azulegos” é que eles negam veementemente a existência da IVI.

Ao contrário, se dão muito bem com os craques de todas as subsedes, em especial com aqueles do bunker da Ipiranga com a Érico Veríssimo, os convidam para seus canais de youtube, agradecem com frequência por terem frequentado os mesmos ambientes dos seus luminares e referências históricas e, muitos, mostram gratidão também por seguirem frequentando.

A segunda é que eles atuam coerentemente com o que afirmam a seu próprio respeito, isto é, que antes de serem gremistas, são “profissionais do jornalismo”, o que igualmente é consistente com sua atividade esbaforida voltada a conseguir “engajamento”, cliques, likes ou dislikes. O que importa é que sejam “monetizados”.

Com isso, o resultado é que os “azulegos” formam uma rede de postos de combustível que fornece gasolina gratuita para os ‘isentos’ jogarem nas fogueiras do dia a dia do futebol e da política interna do Grêmio e que têm pôsteres dos ídolos da IVI pendurados nas suas lojas de conveniências.

Em resumo, é pacabá.

Embora o tema não se esgote com eles, pois o grupo1 é mais numeroso que alguns movimentos políticos de clubes de futebol, os grandes bambambãs dos “azulegos” neste momento são Diego Rossi e Alex Bagé.

O primeiro, aparentemente, curte uma certa nostalgia dos tempos em que era da “sub-chefia” da IVI da Orfanotrófio e parça da diretoria de lá.

Rossi – sobrenome, a propósito, que é melhor não se traduzir do italiano – entre outras grandes realizações momentosas, participou ativamente do processo de aposentadoria de Luisito Suárez, o qual, como é sabido até nos EUA, foi indeferido pelo INSS.

Dizem que ele chegou a pensar em judicializar a questão junto com os “azuis fascinado pelo vermelho” que participaram da histórica empreitada jornalística, mas todos foram desencorajados pelo Departamento Jurídico da IVI da Ipiranga.

Bagé, por sua vez, pelo menos tem o mérito pessoal de mandar ver também no samba e no pagode e, segundo os conhecedores, bem melhor que o Presidente Saraiva.

Seu hábito preferido como “azulego” é se autoelogiar, com a mesma frequência – isto é, dia sim, dia não – que pede a benção, via youtube mesmo, para Pedro  Ernesto “Legado” Denardin, a quem é muito grato.

E uma das formas preferidas de se jactar como “jornalista em primeiro lugar” é dizer que tem “orgulho” de ter divulgado uma cláusula secreta do contrato de um dos ‘bruxos’ de havaianas que passaram pelo elenco do Grêmio em 2020.

O resultado disso é que a “informação jornalística” foi multiplicada direto do perfil de Instagram de Bagé por Pedro Legado no Sala de Babação que tem, ainda, uma audiência média de mais de 80 mil ouvintes/minuto.

Essa façanha profissional do “azulego” mais bem sucedido da praça derrubou o departamento de futebol do clube e fez com que o ex-atleta pedisse desligamento antes de ser demitido e, além disso, rendeu “provas” para que ele processasse o empregador por danos morais.

Os azuis, pero no mucho, ‘jornalistas em 1º lugar’, Alex Bagé e Diego Rossi

O Grêmio foi condenado a pagar mais de R$ 3 milhões a Thiago Neves, incluída a indenização “moral”.

O ideal era não precisar mais tocar nesse assunto dos “azulegos”, mas, de que jeito, se atualmente eles estão pendurados num dos galhos mais pesados e vistosos da galhada das Forças Auxiliares da IVI?

Como dizia o bordão de um conhecido gremista que se despediu da TV em agosto do ano passado: voltaremos!


RedaçãoPetroleiro de Rio Grande || contato: petroleiroRG@gmail.com

  1. César Cidade Dias, Duda Garbi, Farid Germano Filho, Leonardo Miller, Rafael Serra e outros menos cotados ↩︎

‘Los dos por uno’ e Balalo, lendas da IVI e figurinhas raras do álbum

Lamas, Urruzmendi e Balalo, figurinhas raras do Álbum dos Ídolos da IVI

Alfredo Lamas e Pepe Urruzmendi são dois uruguaios que chegaram a Porto Alegre no finzinho dos anos 60, sob fogos de artifício e títulos e mais títulos empolgados da IVI pré-balzaquiana de então, como se pode ver nos recortes de jornais (não foi possível identificar a fonte) que ilustram este post.

Títulos da IVI na chegada e na saída da dupla uruguaios que foi cogitada na troca ‘2 x 1’ por Pedro Rocha, que se tornaria ídolo do São Paulo nos anos 70

Ambos jogaram rigorosamente nada enquanto estiveram por aqui, com a sutil diferença de que Lamas conhecia o formato esférico da bola e entrou para as lendas da IVI por ter feito um gol de bicicleta numa partida, em casa, contra o Vasco da Gama.

Urruzmendi, só é lembrado por ter provocado a rebordosa que foi o estopim da pancadaria generalizada do grenal 189, um “amistoso” durante o festival de inauguração do estádio da Av. Pe. Cacique.

Urruzmendi também é conhecido mais pelos “causos” do que pela bola no corpo em seu próprio país, como aquele de quando foi expulso numa Libertadores, com dois minutos de jogo contra os argentinos do Estudiantes de La Plata, sem ter tocado na pelota, por ter dado o “soco mais famoso da história da Libertadores” num adversário.

Numa entrevista concedida há pouco menos de dois anos ele comenta sua passagem por Porto Alegre1:

Eu estava indo jogar pela Portuguesa no Brasil, e um cônsul brasileiro, que tinha um escritório na Plaza Independencia, veio me buscar. E eu errei, de novo, (ao escolher) o time para o qual deveria ter ido. Fui com o Flaco Lamas e achei que o futebol brasileiro era só jogo bonito. Tínhamos dois companheiros de equipe, Valdomiro e Carbone, que chegaram à seleção brasileira. Eles eram os melhores nos testes de Cooper, então jogavam. É mentira que o futebol brasileiro é “jogo bonito”. Aqueles que jogaram foram os que tiveram os melhores testes de Cooper. No Internacional, quebrei a tíbia e a fíbula. A gente saía todo dia e eu não tinha uma vida regrada, por isso não fui bem.

Balalo, por sua vez, é lenda da IVI dos anos 80. Seguiu a trajetória de muitos dos ídolos que estão retratados nas figurinhas do álbum apresentadas anteriormente.

Era cria da base vermelha, chegou a seleções das categorias inferiores e era tratado como fenômeno pela IVI. Não teve sequer a sorte dos sub-20 mais recentes, que continuaram sendo elogiados mesmo sem jogar porque trouxeram dinheiro para o clube.

Na época de Balalo, o tal “mercado” não era tudo isso…

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  1. Jornal ‘El Observador‘ de Montevidéu, 23.jun.2023. Acesso ==> AUI
    ↩︎

RedaçãoPetroleiro de Rio Grande || contato: petroleiroRG@gmail.com

“Lendas da IVI”, as páginas centrais do Álbum dos Ídolos da IVI

As figurinhas das “Lendas da IVI” retratam os ídolos da IVI dos tempos pré-internet

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Nesta segunda fase do Álbum dos Ídolos da IVI o foco são as “lendas da IVI“, jogadores que atuaram no século passado, antes da criação e difusão da internet. Por isso, a indicação dos ídolos está baseada preponderantemente em depoimentos dos corneteiros colaboradores.

A lista básica de nomes é uma contribuição de Dona Isaurinha, 99 anos, profunda conhecedora da história da Imprensa Vermelha Isenta, desde suas priscas eras e colecionadora inveterada de figurinhas a partir da Copa do Mundo de 1950, quando elas vinham como brinde nas balas vendidas pela fábrica de doces que patrocinou o primeiro álbum de que se tem notícias no Brasil.

Para o acompanhamento dos primórdios das atividades da IVI, D. Isaurinha contava com a ajuda preciosa de sua grande amiga, colega de ginásio em Cachoeira do Sul, Dona Zezé, uma mulher adiante de seu tempo, que trabalhou como revisora do Diário de Notícias, nos anos 40 do século XX.

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As primeiras figurinhas das páginas da Lendas da IVI são os irmãos Hickmann, Cléo e Silvio, atualmente mais conhecidos como “os primos da Ana” e Maizena, goleiro badaladíssimo pela IVI quando foi contratado para ser substituto de Taffarel. Depois de ser dispensado, dez anos mais tarde Maizena retornou ao estádio do Menino Deus defendendo o Fortaleza, que eliminou de uma Copa do Brasil o adversário que jogava de local.

Além dessas, as figurinhas de Russinho e Ivo Aguiar são da lista pessoal de Dona Isaurinha, que explicou ao blog os porquês das indicações.

O Diário de Notícias, como dizia o meu querido e saudoso vizinho Engº Nelson Wortmann, era um jornal que deixava vermelhas as mãos de quem o lia, meu filho. Deve ser por isso, aliás, que a continuação da Padre Cacique em direção ao bairro Cristal ganhou o nome de Avenida Diário de Notícias! Já no primeiro ano da IVI, o DN indicou como ídolo Russinho, que tinha um irmão que até foi presidente deles, quando o Grêmio estava quase chegando ao pentacampeonato dos 12 em 13′. Já o Ivo (Ivo Aguiar), conheci quando veio jogar no Grêmio. Uns tempos depois, passou para o outro lado e fez um gol contra nós num grenal importante. Virou automaticamente ídolo da IVI, mas só ficou um ano por lá.”

Depois de um longo suspiro, Dona Isaurinha completou seu relato pessoal:

O finado Ivo era um moço muito bem-apessoado e um bom cantor de tangos. E eu fui uma jovem que adorava dançar tango, meu filho…”

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Ass. Petroleiro de Rio Grande || contato: petroleiroRG@gmail.com

O inconfundível estilo sincronizado da IVI

Entre clichês e chavões o estilo da IVI é inconfundível. Além disso, o modus operandi baseado numa atuação sincronizada e repetitiva, segue a linha de que uma bobagem dita mil vezes vira “opinião abalizada”.
A ala moderada da redação preferia nem falar disso, pra não iniciar a semana provocando a irritação dos corneteiros e não correr o risco de revelar [ALERTA DE SPOILER] “o caminho das pedras”, mas na reunião de pauta o Gabinete da Raiva venceu a discussão e se resolveu revelar uma das principais referências bibliográficas da IVI.

A expressão “alçar voos mais altos”, por certo, está registrada no livro


Quem estava com a tv ligada nalgum intervalo do canal por assinatura da “detentora dos direitos” do Brasileirão, ouviu pela voz de Carlos Eduardo Lino, até onde se sabe sem preferências de clube no RS, o anúncio de que este ano (outra vez!) o alvirrubro do Menino Deus pode pensar em “voos mais altos”.

Não por coincidência, o conterrâneo deste sereno redator que vos escreve, Rafael Divério, ex-quase-vermelho-isento, caprichou no título da matéria assinada por ele, como divulgado no perfil do editor-chefe RW na rede anteriormente chamada Twitter (clique aqui ou na imagem à direita).

Aparentemente, a IVI está, como sempre, atuando em harmonia e apostando na inspiração de uma famosa sentença sobre o último dia de vida, com uma sutil alteração: “diga todos os anos, a cada início de temporada, que o SCI vai ser campeão; um dia você acerta“.

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