Corneta do RW

O galho dos “azulegos” na árvore da IVI

Parafraseando o veterano vaqueano Blau Nunes, ex-ordenança de Bento Gonçalves, “a luta de resistência contra a IVI é cruenta e desigual”.

A árvore estrambológica da Imprensa Vermelha Isenta

A Imprensa Vermelha Isenta é como o biotônico, o boa-noite, o omo e o nescau. Tal e qual esses produtos, ela só muda um pouco as embalagens e os rótulos, de vez em quando, e segue firme e faceira. Trata-se de um retumbante fenômeno de readaptação e longevidade.

Pois não é que a frondosa e octogenária árvore estrambológica da IVI deu mais um galho recentemente?

O impressionante é que o novo ramo é ainda mais assombroso do que aquele dos “azuis fascinados pelo vermelho”. É o galho dos “azulegos”; a turma que tem uma cor tirante a azul, azulada, mas com tons de lã de ovelha.

A principal característica dos “azulegos” é que eles negam veementemente a existência da IVI.

Ao contrário, se dão muito bem com os craques de todas as subsedes, em especial com aqueles do bunker da Ipiranga com a Érico Veríssimo, os convidam para seus canais de youtube, agradecem com frequência por terem frequentado os mesmos ambientes dos seus luminares e referências históricas e, muitos, mostram gratidão também por seguirem frequentando.

A segunda é que eles atuam coerentemente com o que afirmam a seu próprio respeito, isto é, que antes de serem gremistas, são “profissionais do jornalismo”, o que igualmente é consistente com sua atividade esbaforida voltada a conseguir “engajamento”, cliques, likes ou dislikes. O que importa é que sejam “monetizados”.

Com isso, o resultado é que os “azulegos” formam uma rede de postos de combustível que fornece gasolina gratuita para os ‘isentos’ jogarem nas fogueiras do dia a dia do futebol e da política interna do Grêmio e que têm pôsteres dos ídolos da IVI pendurados nas suas lojas de conveniências.

Em resumo, é pacabá.

Embora o tema não se esgote com eles, pois o grupo1 é mais numeroso que alguns movimentos políticos de clubes de futebol, os grandes bambambãs dos “azulegos” neste momento são Diego Rossi e Alex Bagé.

O primeiro, aparentemente, curte uma certa nostalgia dos tempos em que era da “sub-chefia” da IVI da Orfanotrófio e parça da diretoria de lá.

Rossi – sobrenome, a propósito, que é melhor não se traduzir do italiano – entre outras grandes realizações momentosas, participou ativamente do processo de aposentadoria de Luisito Suárez, o qual, como é sabido até nos EUA, foi indeferido pelo INSS.

Dizem que ele chegou a pensar em judicializar a questão junto com os “azuis fascinado pelo vermelho” que participaram da histórica empreitada jornalística, mas todos foram desencorajados pelo Departamento Jurídico da IVI da Ipiranga.

Bagé, por sua vez, pelo menos tem o mérito pessoal de mandar ver também no samba e no pagode e, segundo os conhecedores, bem melhor que o Presidente Saraiva.

Seu hábito preferido como “azulego” é se autoelogiar, com a mesma frequência – isto é, dia sim, dia não – que pede a benção, via youtube mesmo, para Pedro  Ernesto “Legado” Denardin, a quem é muito grato.

E uma das formas preferidas de se jactar como “jornalista em primeiro lugar” é dizer que tem “orgulho” de ter divulgado uma cláusula secreta do contrato de um dos ‘bruxos’ de havaianas que passaram pelo elenco do Grêmio em 2020.

O resultado disso é que a “informação jornalística” foi multiplicada direto do perfil de Instagram de Bagé por Pedro Legado no Sala de Babação que tem, ainda, uma audiência média de mais de 80 mil ouvintes/minuto.

Essa façanha profissional do “azulego” mais bem sucedido da praça derrubou o departamento de futebol do clube e fez com que o ex-atleta pedisse desligamento antes de ser demitido e, além disso, rendeu “provas” para que ele processasse o empregador por danos morais.

Os azuis, pero no mucho, ‘jornalistas em 1º lugar’, Alex Bagé e Diego Rossi

O Grêmio foi condenado a pagar mais de R$ 3 milhões a Thiago Neves, incluída a indenização “moral”.

O ideal era não precisar mais tocar nesse assunto dos “azulegos”, mas, de que jeito, se atualmente eles estão pendurados num dos galhos mais pesados e vistosos da galhada das Forças Auxiliares da IVI?

Como dizia o bordão de um conhecido gremista que se despediu da TV em agosto do ano passado: voltaremos!


RedaçãoPetroleiro de Rio Grande || contato: petroleiroRG@gmail.com

  1. César Cidade Dias, Duda Garbi, Farid Germano Filho, Leonardo Miller, Rafael Serra e outros menos cotados ↩︎

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