Corneta do RW

‘Los dos por uno’ e Balalo, lendas da IVI e figurinhas raras do álbum

Lamas, Urruzmendi e Balalo, figurinhas raras do Álbum dos Ídolos da IVI

Alfredo Lamas e Pepe Urruzmendi são dois uruguaios que chegaram a Porto Alegre no finzinho dos anos 60, sob fogos de artifício e títulos e mais títulos empolgados da IVI pré-balzaquiana de então, como se pode ver nos recortes de jornais (não foi possível identificar a fonte) que ilustram este post.

Títulos da IVI na chegada e na saída da dupla uruguaios que foi cogitada na troca ‘2 x 1’ por Pedro Rocha, que se tornaria ídolo do São Paulo nos anos 70

Ambos jogaram rigorosamente nada enquanto estiveram por aqui, com a sutil diferença de que Lamas conhecia o formato esférico da bola e entrou para as lendas da IVI por ter feito um gol de bicicleta numa partida, em casa, contra o Vasco da Gama.

Urruzmendi, só é lembrado por ter provocado a rebordosa que foi o estopim da pancadaria generalizada do grenal 189, um “amistoso” durante o festival de inauguração do estádio da Av. Pe. Cacique.

Urruzmendi também é conhecido mais pelos “causos” do que pela bola no corpo em seu próprio país, como aquele de quando foi expulso numa Libertadores, com dois minutos de jogo contra os argentinos do Estudiantes de La Plata, sem ter tocado na pelota, por ter dado o “soco mais famoso da história da Libertadores” num adversário.

Numa entrevista concedida há pouco menos de dois anos ele comenta sua passagem por Porto Alegre1:

Eu estava indo jogar pela Portuguesa no Brasil, e um cônsul brasileiro, que tinha um escritório na Plaza Independencia, veio me buscar. E eu errei, de novo, (ao escolher) o time para o qual deveria ter ido. Fui com o Flaco Lamas e achei que o futebol brasileiro era só jogo bonito. Tínhamos dois companheiros de equipe, Valdomiro e Carbone, que chegaram à seleção brasileira. Eles eram os melhores nos testes de Cooper, então jogavam. É mentira que o futebol brasileiro é “jogo bonito”. Aqueles que jogaram foram os que tiveram os melhores testes de Cooper. No Internacional, quebrei a tíbia e a fíbula. A gente saía todo dia e eu não tinha uma vida regrada, por isso não fui bem.

Balalo, por sua vez, é lenda da IVI dos anos 80. Seguiu a trajetória de muitos dos ídolos que estão retratados nas figurinhas do álbum apresentadas anteriormente.

Era cria da base vermelha, chegou a seleções das categorias inferiores e era tratado como fenômeno pela IVI. Não teve sequer a sorte dos sub-20 mais recentes, que continuaram sendo elogiados mesmo sem jogar porque trouxeram dinheiro para o clube.

Na época de Balalo, o tal “mercado” não era tudo isso…

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  1. Jornal ‘El Observador‘ de Montevidéu, 23.jun.2023. Acesso ==> AUI
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RedaçãoPetroleiro de Rio Grande || contato: petroleiroRG@gmail.com

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