Há oito décadas que não muda nada nas relações entre a imprensa isenta e um dos dois clubes de futebol de Porto Alegre que têm estádios com campos de grama natural.
O corneteiro JAF, da Restinga, é gremista, aposentado e complementa o ordenado do INSS com a grana que recebe por seu trabalho como motorista de aplicativo. JAF há muitos anos é um grande colaborador do blog por meio de pesquisas e propostas de pautas.

É isso mesmo. O corneteiro JAF mandou as evidências de que há 80 (oitenta!) anos não muda nada nas ligações perigosas que a ‘imprensa esportiva’ mantém com o lado vermelho da dupla grenal.
Na década de 40 do século passado, o líder dos ‘cronistas esportivos’ era Cid Pinheiro Cabral, irmão de um presidente1, pai de um diretor-mandarim do SCI2 e nome da Sala de Imprensa do seu estádio onde há uma homenagem numa placa com a frase de sua autoria: “Eu passei 34 anos sem dizer que era colorado; sempre confiei na inteligência dos leitores“.
Atualmente, é Rogério Amaral o presidente da entidade dos ‘cronistas esportivos do RS’ que participa de eventos políticos lá pelos mesmos lados da cidade.



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A curiosa coincidência entre a data de fundação da entidade isenta e a época do chamado ‘rolo compressor’ está registrada em monumento, na Praça Memorial Eucaliptos, em Porto Alegre, como se pode ver a seguir:

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Segue o link para aqueles que desejarem ler na íntegra o documento histórico da Associação dos Cronistas Esportivos Gaúchos – ACEG ==> AQUI <==
- Ephraim Pinheiro Cabral, presidente do Internacional nos anos de 1951, 1952, 1960, 1966 e 1967.
Foi vereador de Porto Alegre nos períodos de 27/11/1952 a 30/11/1952; e de 19/10/1955 a 28/10/1955 e o autor do Projeto de Lei do Legislativo Nº 63/56, que previa a doação de uma área por parte da Prefeitura para construção do estádio que hoje ocupa alguns metros de uma das pistas de rolamento da avenida Padre Cacique. ↩︎ - Cláudio Cabral, dirigente do Sport Club Internacional por mais de duas décadas. Diretor de futebol em 1969, 1970 e 1978. Integrou o movimento diretivo chamado de “Mandarins” junto com, entre outros, Ibsen Pinheiro, Ivo Côrrea Pires e Hugo Amorim que naqueles antanhos migraram para a “crônica esportiva”, num fenômeno provavelmente único no futebol de todas as querências mundo afora… ↩︎
Pesquisa e edição: RW
Redação: Petroleiro de Rio Grande || contato: petroleiroRG@gmail.com