
Nicolás López é um exemplo perfeito para ilustrar a jornada clássica do ídolo da IVI, que se aproxima bastante das trajetórias dos heróis da História e das histórias.
O ídolo ‘tá lá no clube dele jogando bola numa boa. Aí acontece o chamado à aventura: se for da base, para virar profissional; se vier de outro time, pra jogar no Menino Deus.
Às vezes, entre aqueles que já são profissionais, o cara vacila e até refuga no início. Nessa hora aparece algum mentor, quase sempre o empresário, que dá as dicas para o futuro ídolo encarar a empreitada.
Tudo começa com os festejos antes(!) da chegada do pretendido ídolo da IVI.

O futuro ídolo deixa o seu lugar sereno e entra no mundo vermelho da aventura. Como todo herói, encara testes, faz parças e enfrenta adversários.
Depois, ele vai chegando ao grande desafio, no caso, ganhar algum título pelo SCI. E se vê, às vezes, diante de testes de vida ou morte, como algum grenal importante ou decisão de mata-matas.
Até alcançar o ponto crucial do caminho, para entrar na caverna dos zagueirões malvados, encarar o monstro da lesão grau 3, etc… o ídolo é apoiado incondicionalmente, incensado, tratado pelo apelido, festejado em cada aspecto pessoal e profissional que a IVI descobre e revela por meio de suas mídias. O jogador que chegou vira “o cara“.

Eis que a coisa toda começa a se transformar numa baita encrenca quando o novo ídolo não supera a provação como esperado pela IVI. Neste trecho do percurso do novo ídolo, aparecem os seus defensores.

Quase sempre os protetores são os mesmos que o receberam como se fosse um personagem da Marvel que jogasse futebol e que, em seguida, se juntam àqueles que batem no ídolo em desgraça, o qual passa a levar pancadas por todos os lados dos isentos vermelhos, em pleno e escancarado ânimo de torcedores frustrados e com raiva.

Depois de dar com os burros n’água e apanhar como boi ladrão dos isentos, os mesmos que o idolatraram, começa a volta do ídolo ao mundo comum de algum outro clube mundo afora.

Na última etapa da jornada de ídolo da IVI, o jogador é purificado e renasce na forma de grande venda e muito dinheiro para a tesouraria do clube da Zona Sul.

Os aplausos e urras saudando o “negócio da China” que o ex-ídolo rendeu é um jeito todo especial da IVI, como uma torcida organizada desiludida, dizer: “Já vai tarde!“
Redação: Petroleiro de Rio Grande || contato: petroleiroRG@gmail.com