
O território desértico de conteúdo audível das noites do rádio de Porto Alegre tem um ponto de encontro seguro e garantido para os representantes e porta-vozes do futebol texano.
Parafraseando o grande Pofexô Luxa, a cada enxadada é um bordão da gíria dos mocinhos, xerifes e pistoleiros do jogo “pegado” das latitudes sulistas, no programa noturno diário na rádio da IVI da Ipiranga.
Nas falas dos convidados não faltam as referências ao “volante mordedor“, à estratégia de “jogar por uma bola” e “acabar o jogo após marcar um gol“; à necessidade obrigatória de “furar a bola” se houver vantagem em partida eliminatória (segundo um texano radical seguidor do blog, por descumprir esse mandamento o Brasil foi eliminado pela Croácia em 2022); ao valor inestimável do “golo de cabeça“.

Os debates entre os texanos convidados às vezes esquentam, mas como dizem os bacharéis, por via de regra apenas “por questões perfunctórias“.
No essencial sobre o futebol, todos concordam sobre dois pilares da filosofia por trás do jogo do Texas: o mais importante é manter a “casinha fechada” (de acordo com eles é o que Quinteros está fazendo com o Grêmio deste início de temporada), acima de tudo porque “o futebol não mudou” (segundo eles, as atuais derrotas do Manchester de Guardiola comprovam isso).