Nesta quarta-feira enjoada de agosto, o Diretor de Redação, editor-chefe e dono do Sistema RW de Comunicações, enviou por celular à redação do blog um extraordinário relato pessoal, que promete se tornar uma reportagem histórica. Acompanhe o que conta o Chefe:
Como de hábito, agora há pouco, de manhã, me dirigi ao supermercado da Cidade Baixa.
Neste caminho, com frequência passa por mim um simpático veterano gremista, devoto da IPO, Igreja Portaluppista Ortodoxa, que sempre repete, com aquele sotaque característico dos sacerdotes, a sua invocação preferida da ladainha renatista: “O Renato nos deu o título de 2017”.
O que, pacientemente, todas as vezes me faz relembrá-lo: “sim! Mas outros também deram. Felipão deu, Espinosa, Evaristo de Macedo (Copa do Brasil), Telê Santana (quebrou a hegemonia vermelha nos anos 70), Tite (Copa do Brasil)…“
“Mas o Renato… o Renato ganhou a Libertadores de 2017”, retruca, sem vacilar, o meu amigo ortodoxo.
Hoje, ao sair do mercado, ele me avistou caminhando na sua direção pela avenida Lima e Silva. E tentou fugir! Deu meia volta e tentou desaparecer entre os clientes, mas pude ver que se escondeu atrás da gôndola do chuchu.
Cheguei perto de uma senhora que escolhia hortaliças e provoquei em voz bem alta na direção em que ele se camuflou: “Fala alguma coisa!”.
Ouvi aquela resposta meio gritada, meio balbuciada: “O Renato nos deu o título de 2017”.
Larguei!