A estrela dourada esquecida pela IVI –Corneteiro AV
O ser humano representado pela estrela dourada na bandeira oficial do Grêmio é o tricampeão dos últimos três anos dos “12 em 13” – 1966, 1967 e 1968 – Everaldo.
Ocorre que Everaldo, como sabemos, além de atleta vencedor pelo Imortal Tricolor, também foi tricampeão pela Seleção Brasileira em 1970 – título que completa 50 anos neste 21 de junho – e, por isso, virou um símbolo no pavilhão azul, preto e branco; recebeu o título de atleta laureado e ganhou duas cadeiras cativas no velho e glorioso Estádio Olímpico.
Tudo isso, diga-se de passagem, em vida, apenas uma semana depois da obtenção do título definitivo da Copa Jules Rimet pela seleção brasileira, em que Everaldo atuou com o número 16 na camiseta que, àquele tempo, identificava um reserva que virara titular, no caso, um jogador que ganhou a posição na reta final da preparação,antes da primeira partidas,e não saiu mais da equipe.
Nesta fase em que nos contentamos com as repetições de grandes jogos do futebol brasileiro na TV, foi possível para os mais jovens apreciarem as habilidades de Everaldo como lateral-esquerdo da seleção nacional de 1970. E não restaram dúvidas de que ele foi um grande jogador de futebol, mesmo para aqueles que jamais tinham tido a oportunidade de vê-lo em campo.
Com isso, saltamos para dias recentes no Texas-RS, em que ainda se impõe no rádio do estado a versão degenerada do antigo Sala de Redação – comandado por Cândido Norberto e, mais tarde, herdado por Ruy Carlos Ostermann, o atual Sala de Babação que, hoje, 19 de junho, entrevistou Tostão durante a primeira parte do programa conduzido por Pedro Legado.
Haverá dezenas de justificativas, entre elas a “pequena” duração da entrevista, a pedido do grande mineiro tri-campeão. Mas o fato é que não se ouviu uma única voz, um murmúrio, que se parecesse com uma questão ou um pedido de lembrança – inclusive como um tributo a um atleta morto prematuramente – sobre o gaúcho tricampeão mundial, Everaldo Marques da Silva.
